Há tanto tempo que não venho aqui. Falta de tempo (desculpa meio esfarrapada). Falta de disposição!
Hoje quero deixar um pouco da minha tristeza aqui. Não sei bem porque o faço. Talvez, dizem, para deixar sair a dor. Escrevendo, voltam a dizer, ficamos melhores. Talvez!
Faz hoje um ano que morreu a minha Mãe. Tenho tantas saudades! Faz-me tanta falta! Tenho tantos remorsos por, às vezes, ter sido mais impaciente com ela nos últimos tempos. Eu não estava a dar-lhe, dizia-me a médica em ínúmeras conversas, o direito de estar doente e de ter 86 anos. Estava sempre a querer que saísse, que se endireitasse, que sorrisse, que… mais que… mais que... que não desistisse!
Queria a minha Mãe de sempre: alegre, corajosa, marota, feliz, solidária, sempre pronta para me ajudar (ñ queres levar uma sopa para o jantar? alimenta-te bem!!!).
Bonita! Tão bonita!
Como era possível precisar de mim, quando eu ainda precisava tanto dela??? Fui egoísta, dizem-me… não fui, dizem-me outros… estava só a tentar que ela não desistisse, dizem ainda outros.
Que sabem eles? Desculpe Mãezinha!
E não, não fiquei melhor depois de escrever. Estou farta de chorar!
Tenho tantas saudades!