domingo, 4 de novembro de 2012

MÃE

Há tanto tempo que não venho aqui. Falta de tempo (desculpa meio esfarrapada). Falta de disposição!
Hoje quero deixar um pouco da minha tristeza aqui. Não sei bem porque o faço. Talvez, dizem, para deixar sair a dor.  Escrevendo, voltam a dizer, ficamos melhores. Talvez!
Faz hoje um ano que morreu a minha Mãe. Tenho tantas saudades! Faz-me tanta falta! Tenho tantos remorsos por, às vezes, ter sido mais impaciente com ela nos últimos tempos. Eu não estava a dar-lhe, dizia-me a médica em ínúmeras conversas, o direito  de estar doente e de ter 86 anos. Estava sempre a querer que saísse, que se endireitasse, que sorrisse, que… mais que… mais que... que não desistisse! 

Queria a minha Mãe de sempre: alegre, corajosa, marota, feliz, solidária, sempre pronta para me ajudar (ñ queres levar uma sopa para o jantar? alimenta-te bem!!!).

Bonita! Tão bonita! 

Como era possível precisar de mim, quando eu ainda precisava tanto  dela??? Fui egoísta, dizem-me… não fui, dizem-me outros… estava só a tentar que ela não desistisse, dizem ainda outros.
Que sabem eles? Desculpe Mãezinha!
E não, não fiquei melhor depois de escrever. Estou farta  de chorar!
Tenho tantas saudades!